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[Cinema] 15 Grandes Filmes Roqueiros

  • Foto do escritor: Equipe Memento Cine
    Equipe Memento Cine
  • 27 de set. de 2018
  • 13 min de leitura


O Rock n' Roll dominou a cultura pop desde o seu surgimento nos anos 1950, e pouco depois começou a povoar também o cinema, especialmente com os filmes estrelados por algumas das estrelas da música do momento, como Elvis Presley, ou os clássicos filmes de praia de Frankie Avalon e Annette Funicello. Já nos anos 1960 com o sucesso dos Beatles iniciou-se uma tradição de filmes de pop rock, óperas rock e documentários musicais que influenciaram as gerações futuras, trazendo clássicos inesquecíveis para a história do cinema. Essa lista é dedicada à reunir os mais marcantes filmes que carregam o espírito roqueiro, musicais transgressores que se tornaram clássicos adorados pelo público e pela crítica.

01. Os Reis do Iê Iê Iê (A Hard Day’s Night, 1964), de Richard Lester.

O êxtase mundial causado pelos The Beatles nos anos 1960 é algo que nunca tinha acontecido até então e talvez não tenha voltado a acontecer até hoje. O período que a banda esteve em turnê, entre 1963 e 1966, foi marcado por incontáveis hits e histeria, e para marcar o ápice da “beatlemania” de maneira cômica e até mesmo paródica, a banda gravou o filme Os Reis do Iê Iê Iê, lançado no mesmo ano que o álbum homônimo do grupo. O filme em si não tem uma narrativa bastante relevante, mostrando John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr correndo dos fãs, se divertindo como nunca e se preparando para uma apresentação ao vivo. Destaca-se a figura de Wilfrid Brambell, que interpreta o avô de McCartney, proporcionando momentos hilários com as diversas intrigas que causa pelo caminho. Foi um filme o qual a banda curtiu participar, aproveitando ao máximo a experiência que estava vivendo, diferentemente do filme seguinte, Help!, de 1965, onde os bastidores da filmagem começaram a denunciar os primeiros sinais de saturação desse enorme sucesso. Os Reis do Iê Iê Iê nos proporciona uma experiência nostálgica e divertida de uma banda que marcou a história da música mundial.


02. Jesus Cristo Superstar (Jesus Christ Superstar, 1973), de Norman Jewison.

A versão para cinema da célebre ópera-rock musical da Broadway, de Andrew Lloyd Webber e Tim Rice, Jesus Cristo Superstar, foi dirigida por Norman Jewison, um dos mais importantes e subestimados cineastas hollywoodianos da chamada Nova Hollywood. O filme reconta os últimos dias de vida de Jesus Cristo – de sua entrada em Jerusalém até sua crucificação – através de performances conceituais de música e dança; a sonoridade é psicodélica, fazendo do filme como um dos mais fiéis retratos do movimento hippie no cinema. Estrelado por um elenco desconhecido, Ted Neeley interpreta Jesus, a futura cantora disco Yvonne Elliman encanta como Maria Madalena e Carl Anderson rouba a cena como Judas Iscariotes, entoando algumas das melhores músicas do filme; mais tarde Elliman e Anderson seriam indicados ao Globo de Ouro por seus trabalhos nesta obra de Jewison. O filme foi indicado ao Oscar de Melhor Trilha Sonora Original ou Adaptada (categoria hoje transformada em apenas Melhor Trilha Sonora Original) e ainda é lembrado hoje como um dos musicais mais importantes da história, onde vemos reformulados os evangelhos bíblicos em um cenário “woodstockiano”, que hipnotiza, diverte e emociona.


03. O Fantasma do Paraíso (Phantom of the Paradise, 1974), de Brian De Palma.

Brian De Palma dirigiu diversos filmes memoráveis, mas esse cult classic é uma de suas mais criativas e enlouquecidas empreitadas. É uma ópera-rock musical com pitadas de filme de terror e um humor bizarro e cativante, a narrativa foi inspirada em clássicos da literatura, como: O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde; Fausto, de Goethe; e principalmente O Fantasma da Ópera, de Gaston Leroux, transformando a obra em uma das mais complexas alegorias da cinematografia de De Palma. William Finley interpreta um cantor e compositor que tem sua canção roubada por um produtor musical – Paul Williams, que compõe e interpreta todas as canções do filme – que pretende usá-la para a abertura de sua nova casa de shows; seguem-se diversos acontecimentos absurdos que levam por transformar o pobre compositor no deformado e aterrorizante O Fantasma, que busca vingança. O Fantasma do Paraíso foi uma decepção nas bilheterias, recebendo fortes críticas negativas, mas o tempo tratou de consertar essa injustiça e hoje a obra é cultuada. Em sua trilha sonora estão – entre outras – os clássicos “Old Souls” e “The Hell of It”, que encerra o filme com chave de ouro.


04. The Rocky Horror Picture Show (Idem, 1975), de Jim Sharman.

O Cidadão Kane dos filmes cult, The Rocky Horror Picture Show é a versão cinematográfica do musical de Richard O’Brien, que revolucionou o teatro musical com temáticas de sexualidade e gênero misturadas ao terror, comédia e ficção científica. O jovem casal Brad e Janet – Barry Bostwick e a então iniciante Susan Sarandon – quebram o carro na estrada em uma tempestade, e ao buscar abrigo em uma mansão assustadora nos arredores, descobrem-se envolvidos nos planos do Dr. Frank-N-Furter (o brilhante Tim Curry em seu melhor trabalho), um cientista louco travestido que acaba de finalizar sua grande criação: Rocky, um homem perfeito e musculoso para o satisfazer sexualmente. Além deles, outros personagens caricatos e bizarros povoam o filme, como o mordomo corcunda Riff Raff, a dramática faxineira Magenta, a espalhafatosa groupie Columbia e o motoqueiro Eddie, que se revezam interpretando a trilha sonora imortal do filme, canções de um glam rock impecável, com letras cheias de referências cinematográficas cult, que casam perfeitamente com o espírito underground do filme de Jim Sherman. “Sweet Transvestite”, “Science Fiction/Double Feature”, “Hot Patootie – Bless My Soul”, “Touch-a, Touch-a, Touch-a, Touch Me", “Don’t Dream It, Be It” e a inesquecível “The Time Warp”, estão entre as canções imortalizadas pelo elenco. Clássico imperdível, um dos filmes que mais traduz a alma roqueira em toda sua força e revolução.


05. Tommy (Idem, 1975), de Ken Russell.

Baseada no álbum de 1969 da banda The Who, Tommy – o primeiro a ganhar o rótulo de ópera-rock, idealizada pelo guitarrista Pete Townshend – a versão cinematográfica é uma grande viagem psicodélica e simbólica sobre a vida de Tommy, um garoto que, após um trauma familiar, torna-se cego, surdo e mudo e, através dos jogos de pinball, encontra um escape da escuridão a qual vivia, voltando a enxergar, ouvir e falar, além de conquistar vários seguidores admirados por sua capacidade de superação. O filme é completamente cantado, sem nenhum diálogo de fato, e conta com inesquecíveis participações de grandes artistas como Eric Clapton, Tina Turner, Elton John e Jack Nicholson. Townshend e Keith Moon, membros do The Who, também participaram do filme que tem como protagonista, na versão adulta de Tommy, Roger Daltrey, vocalista da banda, cuja atuação lhe rendeu uma indicação ao Globo de Ouro. Tommy foi indicado ao Oscar de Melhor Atriz, pela interpretação intensa e dramática de Ann-Margret, e de Melhor Trilha Sonora Original ou Adaptada. Um filme totalmente hipnótico, com canções clássicas e empolgantes.


06. Quadrophenia (Idem, 1979), de Franc Roddam.

Quadrophenia é outra produção cinematográfica baseada em uma ópera-rock da banda britânica The Who. O álbum homônimo foi lançado em 1973 e retrata a juventude britânica dos anos 1960, com brigas familiares, festas, drogas, bebidas e sexo. O verdadeiro sex, drugs and rock n’ roll. A narrativa destaca a rivalidade entre os grupos mods e rockers, que teve seu ápice na cidade de Brighton, onde ocorreu um conflito generalizado. O termo quadrophenia foi pensado por Pete Townshend – novamente idealizador da ópera-rock – como uma esquizofrenia dividida em quatro partes, cada uma assumindo uma personalidade. É esse o aspecto que vemos no protagonista Jimmy Cooper, um mod de classe média viciado em anfetamina que, ao longo da história, é rejeitado pelos pais, pelos amigos, pela garota que gostava e por seu emprego. O filme conta com a participação de Sting, ainda em começo de carreira com a banda The Police. A produção quase foi cancelada devida à trágica morte de Keith Moon, baterista do The Who, mas os produtores decidiram continuar com o projeto. Inicialmente, Townshend pensou que o filme teria o mesmo estilo de Tommy, mas o diretor Franc Roddam o convenceu a adotar uma linguagem mais realista, tendo a música como parte integral para compor a história e, diga-se de passagem, o faz com maestria.


07. A Rosa (The Rose, 1979), de Mark Rydell.

O filme que trouxe o sucesso para a atriz e cantora Bette Midler, rendendo-lhe sua primeira indicação ao Oscar, foi essa obra de Mark Rydell, baseada livremente na vida de Janis Joplin. Midler interpreta Rose, uma cantora de rock que constantemente se auto sabota, sofre com vícios e com a enorme pressão do sucesso; seus conflitos com seu agente – o grande ator britânico Alan Bates – a levam a se jogar nos braços de um careta motorista de limusine (Frederic Forrest, indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante), com quem tem um tórrido e incomum romance em meio aos terríveis episódios de depressão, ansiedade, euforia e abuso de álcool que a carregam para um óbvio final trágico. A trilha sonora é composta de versões roqueiras de clássicos do soul, como “When a Man Loves a Woman”, de Percy Sledge, e “Stay with Me”, de Lorraine Ellison, além da canção-título “The Rose”, que se tornou um dos maiores clássicos da carreira de Midler. A Rosa é um filme pequeno e muito sincero, capaz de emocionar e divertir, uma obra que precisa ser redescoberta.


08. Os Irmãos Cara de Pau (The Blues Brothers, 1980), de John Landis.

Cab Calloway, Aretha Franklin, Ray Charles, James Brown, Chaka Khan, John Lee Hooker. Esses são apenas alguns nomes das personalidades que participam majestosamente dessa comédia de John Landis. Baseado em uma esquete do Saturday Night Live, protagonizada pelos comediantes Dan Aykroyd e John Belushi, o filme conta a história de Jake, um ex-presidiário que, junto com seu irmão, Elwood, busca juntar sua antiga banda, The Blues Brothers, com a intenção de angariar dinheiro para pagar os impostos que seu antigo orfanato está devendo. É uma comédia com muitos elementos e acontecimentos insólitos e absurdos, onde vemos os personagens agindo com naturalidade em relação a tais situações, causando, assim, o riso. A produção também nos proporciona grandes performances musicais de rock e R&B pelas personalidades citadas e pelos próprios protagonistas que surpreendem pelas apresentações energéticas. Aykroyd e Belushi seguiram com o The Blues Brothers fora das telas, até a morte de Belushi em 1982. A banda continuou se apresentando com participações especiais e diferentes formações.


09. Ladies and Gentlemen, the Fabulous Stains (Idem, 1982), de Lou Adler.

Um filme que originalmente não foi nem lançado oficialmente pelos estúdios, é considerado atualmente como um clássico cult de inspiração feminista, influenciando diversos cineastas independentes. Duas irmãs e uma prima (Diane Lane, Marin Kanter e Laura Dern) começam uma banda punk chamada The Stains, mesmo mal sabendo tocar instrumentos e começam uma turnê improvisada ao lado de outra banda chamada The Looters, que tem como vocalista o ator Ray Winstone, e como membros o guitarrista Steve Jones e o baterista Paul Cook, ambos do Sex Pistols, e também o baixista Paul Simonon, do The Clash, em participações inspiradas e musicalmente fantásticas. O ápice do filme é alcançado quando as Stains roubam a principal canção dos Looters e com isso atingem um enorme sucesso com o público dos shows da turnê, porém causando também grande celeuma entre os músicos e o empresário, algo que desembocaria em acontecimentos que traduzem com perfeição o movimento punk, suas ideias de anarquismo e choque cultural. A cineasta independente feminista Sarah Jacobson se tornaria uma das maiores defensoras dessa obra mal compreendida, e valorizava principalmente os elementos de “girl power” do filme, como as personagens femininas que se erguem em seu meio com a própria força de vontade. Ladies and Gentlemen, the Fabulous Stains, dirigido pelo grande produtor musical Lou Adler, é um grande filme roqueiro, e um dos mais influentes filmes de temática feminista.


10. Pink Floyd: The Wall (Idem, 1982), de Alan Parker.

A ópera-rock “The Wall”, da banda Pink Floyd é um verdadeiro retrato de sua época, de uma geração que sofre com sequelas da guerra, que luta contra o sistema e busca conforto no rock n’ roll. A versão cinematográfica transpõe para a tela a história de Pink, um garoto que perdeu o pai na guerra, sofreu com atitudes ditatoriais de seus professores e passou a vida debaixo das asas de uma mãe superprotetora. Todos esses fatores o levaram a um entorpecimento na vida adulta, uma depressão que resulta na dissolução de seu casamento, surtos histéricos e overdose. Assim, aos poucos, Pink constrói um “muro” em volta de si, isolando-o da sociedade. O filme transmite todos os sentimentos e memórias de Pink de forma lúdica e metafórica, misturando live-action com animação. Há poucos diálogos e a história é guiada pelas próprias músicas do álbum, conceituadas, principalmente, pelo baixista da banda, Roger Waters. Pink Floyd: The Wall proporciona uma grande experiência audiovisual aos expectadores, trabalhando som e imagem de modo bastante poético, além de nos providenciar grandes clássicos como “Another Brick in The Wall”, “Mother”, “Comfortably Numb”, “In The Flesh” e “Run Like Hell”.

11. Purple Rain (Idem, 1984), de Albert Magnoli.

O gênio de Prince é traduzido em performance cinematográfica por essa obra inesquecível, dirigida por Albert Magnoli. Purple Rain é um musical sobre Prince, estrelado por Prince, composto e cantado por Prince; a narrativa acompanha The Kid, um cantor que busca o sucesso ao lado de sua banda The Revolution (a própria The Revolution de Prince, os membros interpretam a si mesmos), mas vê sua vida embaralhada ao enfrentar seu próprio ego, a relação destrutiva de seus pais, a competição com uma banda rival e um novo romance. O filme é semi-biográfico, sendo inspirado nas experiências pessoas do cantor, porém de forma romanceada; apesar de não ser uma grande obra fílmica, qualquer detalhe que nos incomode na história é destruído pelas fantásticas apresentações de Prince, que compôs para esse filme uma seleção brilhante de músicas, algumas dentre seus maiores hits até os dias atuais, estão nesse filme: “When Doves Cry”, “Let’s Go Crazy”, “I Would Die 4 U” e a épica música título “Purple Rain”. O filme foi o último ganhador da agora extinta categoria do Oscar de Melhor Trilha Sonora de Canções, e ajudou a crescer ainda mais a célebre figura de Prince, que se tornou um Mega Star mundial após o lançamento da obra de Magnoli. Talvez o mais roqueiro de todos os filmes na história do cinema.


12. Sid & Nancy (Idem, 1986), de Alex Cox.

Poucas cinebiografias são tão sinceras como Sid & Nancy, a história da breve vida do casal Sid Vicious – famoso baixista do Sex Pistols – e sua namorada Nancy Spungen. Alex Cox, cineasta conhecido por seus trabalhos cults e independentes, assina a direção do filme, que traduz o espírito do punk rock como poucos, acompanhamos em sua obra, não só a história de amor conturbada e trágica do casal, mas também as atribulações da banda, a insatisfação que carregavam constantemente e suas polêmicas que tanto desagradavam o governo britânico. Chloe Webb retrata Nancy visceralmente, e Gary Oldman incorpora Vicious por completo – impressionando até o vocalista Johnny Rotten, que nunca escondeu o quanto detesta o filme –, essa interpretação seria seminal para o enorme sucesso que Oldman alcançaria em sua carreira. O filme de Cox não conseguiu muito sucesso na época de seu lançamento, apesar das ótimas críticas, mas com o decorrer dos anos se tornou um cult classic adorado por qualquer fã de rock, uma espécie de Romeu e Julieta punk, uma história de amor e vício que termina em dor, arrependimento e tristeza. Um filme forte, mas estranhamente encantador.


13. Velvet Goldmine (Idem, 1998), de Todd Haynes.

Velvet Goldmine é a declaração de amor de Todd Haynes ao glam rock dos anos 1970. O filme é centrado no personagem Brian Slade (Jonathan Rhys Meyers) – figura inspirada em David Bowie – e sua vida de ícone andrógino da música, e principalmente sua relação com Curt Wild (Ewan McGregor) – por sua vez inspirado em Iggy Pop e Lou Reed – com quem mantém uma relação de amizade, parceria musical e, por vezes, sexual. Acompanhamos a narrativa através de Arthur Stuart (Christian Bale), um jovem escrevendo um artigo sobre a vida de Slade, que viaja na tela em interpretações performáticas de sucessos do glam, uma ópera-rock vertiginosa, colorida e psicodélica. A clara referência à vida de David Bowie não agradou o cantor, que ameaçou processar a produção, que acabou tendo que reescrever parte do roteiro para deixar o personagem principal mais independente de seu inspirador real. Com uma trilha sonora ótima, figurinos estonteantes e uma história que recria um dos grandes momentos revolucionários do rock, Velvet Goldmine é imperdível.


14. Quase Famosos (Almost Famous, 2000), de Cameron Crowe.

Quase Famosos nos transporta a uma época mágica da música, onde o poder do rock n’ roll fazia os jovens saírem de sua zona de conforto e correrem em busca de seus sonhos; os fazia enfrentarem as mentes conservadoras de seus pais e gritar para a sociedade que vida é melhor vivida quando não há regras. O filme se passa nos anos 1970 e acompanha William Miller, um jovem que se apaixona por rock n’ roll por influência de sua irmã mais velha, mas precisa lidar com sua mãe superprotetora que acredita que esse tipo de música somente atrai drogas e sexo. Miller escreve críticas para uma revista local, que acabam chamando a atenção da Rolling Stone, levando-o a excursionar junto com a banda Stillwater a fim de escrever uma matéria para a revista. A jornada de Miller acaba se tornando uma jornada de todos nós sobre amadurecimento, amizade, o primeiro amor e diversas desilusões. Cameron Crowe, diretor e roteirista do filme, se inspirou em sua própria experiência, quando teve a chance de viajar com a banda Led Zeppelin escrevendo, também, uma matéria para a Rolling Stone. O filme conta com diversas canções compostas por Crowe, além de resgatar um clássico de Elton John, “Tiny Dancer” nos proporcionando uma das cenas mais famosas do filme. Recomenda-se assistir a versão estendida (corte do diretor) para uma experiência mais completa dessa obra.


15. Não Estou Lá (I’m Not There, 2007), de Todd Haynes.

Você nunca viu ou verá uma cinebiografia tão não-convencional como essa. Não Estou Lá retrata várias momentos e fases da carreira e vida pessoal do cantor folk Bob Dylan e cada fase é interpretada por um ator diferente: Marcus Carl Franklin, Christian Bale, Cate Blanchett, Richard Gere, Heath Ledger e Ben Whishaw, mas não é tão simples como parece. O filme não tem uma estrutura cronológica e/ou objetiva. É uma obra que transpõe para a tela as personalidades, sentimentos e pensamentos de Bob Dylan. Marcus Carl Franklin representa Dylan se moldando como artista através da interpretação de Franklin como Woody Guthrie, obsessão de Dylan na adolescência; Christian Bale representa a fase acústica e cristianização de Dylan, interpretando Jack Rollins e o Pastor John; Cate Blanchett é Jude Quinn, representando a fase a qual Dylan insere guitarras elétricas em suas músicas, causando grande rejeição popular; Richard Gere interpreta Billy The Kid, em referência à participação de Dylan no filme Pat Garret and Billy The Kid; Heath Ledger interpreta Robbie Clark, um ator de um filme biográfico sobre Jack Rollins, representando mais a vida pessoal de Dylan e a deterioração de seu casamento; e, por fim, Ben Whishaw, como Arthur Rimbaud, responsável por transpor várias citações de Bob Dylan para a tela. É uma obra que destrincha a vida de Bob Dylan de maneira bastante insólita e extraordinária, nos fazendo refletir sobre quem é esse artista e seu impacto na cultura norte-americana.




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