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[Música/Cinema] As 30 Melhores Canções Originais do Cinema

  • Foto do escritor: Equipe Memento Cine
    Equipe Memento Cine
  • 15 de set. de 2018
  • 16 min de leitura

Atualizado: 16 de set. de 2018


Sufjan Stevens

A música, desde o início da era sonora, tem sido parte essencial do cinema, nos auxiliando a mergulhar nossos sentimentos na narrativa, através da beleza e criatividade de uma melodia. Com o passar do tempo, tornou-se comum incluir nos filmes não só a trilha instrumental, mas também canções pop capazes de ilustrar momentos ímpares dos filmes para o qual foram compostas; algumas dessas canções são compostas especialmente para o uso nessas produções e isso as torna Canções Originais. Grandes artistas da história da música pop imortalizaram suas músicas em clássicos do cinema e nessa lista escolhemos as 30 mais memoráveis delas, para dar enfoque principal em canções de grandes compositores e intérpretes, excluímos músicas tradicionais de musicais.

01. “Goldfinger”, de Shirley Bassey.


composição: John Barry, Leslie Bricusse e Anthony Newley.

filme: 007 Contra Goldfinger (Goldfinger, 1964), de Guy Hamilton.

Ao pensar em trilha sonora original sempre pensamos em 007, e ao pensar em trilhas de 007, não há ninguém como Shirley Bassey. A cantora galesa gravou nada menos do que três canções tema de filmes do espião James Bond, e apesar de “Moonraker” e “Diamonds are Forever” serem fantásticas, nenhuma se compara com a primeira, a eterna “Goldfinger”. A mais clássica das canções originais de 007 não chegou a ser indicada ao Oscar, mas isso não impediu seu enorme sucesso, chegou ao vigésimo segundo lugar no UK Singles Charts, ao oitavo lugar Billboard Hot 100 e ao segundo na Billboard Adult Contemporary.

02. “Mrs. Robinson”, de Simon & Garfunkel.


composição: Paul Simon.

filme: A Primeira Noite de um Homem (The Graduate, 1967), de Mike Nichols.

A parceria mais inspirada da música popular lançou essa carismática canção no clássico A Primeira Noite de um Homem, de Mike Nichols. Paul Simon mostrou essa canção para Nichols após ter outras duas canções rejeitadas pelo cineasta. Inicialmente seu título era “Mrs. Roosevelt”, mas a pedido do diretor o nome foi alterado para combinar com sua sedutora protagonista vivida por Anne Bancroft. Apesar de ter sido inelegível para o Oscar – já que também foi lançada em um álbum de estúdio da dupla – a canção ganhou o prêmio Grammy de Gravação do Ano (o primeiro rock a ganhar na categoria) e o de Melhor Performance Pop por uma Dupla ou Grupo Vocal. O hit foi primeiro lugar no Billboard Hot 100, quarto lugar no UK Singles Charts e também quarto lugar na Billboard Easy Listening.


03. “The Windmills of Your Mind”, de Noel Harrison.


composição: Michel Legrand, Alan Bergman e Marilyn Bergman.

filme: Crown, O Magnífico (The Thomas Crown Affair, 1968), de Norman Jewison.

O brilhante compositor Michel Legrand ganhou o primeiro de seus três Oscar – dentre 13 indicações – por essa poética e dramática canção, trilha do clássico de Norman Jewison: Crown, O Magnífico. O Instituto Americano de Cinema escolheu a música interpretada por Noel Harrison como umas das 100 mais emblemáticas da história do cinema e, além dos vários prêmios, a canção foi regravada por centenas de artistas tanto em inglês como em francês, a regravação mais famosa é provavelmente de Dusty Springfield, lançada em seu clássico álbum Dusty in Memphis. O filme de Jewison seria refilmado em 1999 pelo diretor John McTiernan, e em sua versão, “The Windmills of Your Mind” é interpretada pelo cantor Sting.


04. “Raindrops Keep Fallin’ on My Head”, de B.J. Thomas.


composição: Hal David e Burt Bacharach.

filme: Butch Cassidy [Butch Cassidy & The Sundance Kid, 1969], de George Roy Hill.

Um clássico de Burt Bacharach interpretado por B.J. Thomas em um dos mais inesquecíveis filmes americanos dos anos 1960. Uma melodia delicada e deliciosa de se ouvir acompanha as cenas mais lúdicas do filme, como quando os personagens de Paul Newman e Katherine Ross brincam na bicicleta, fugindo de qualquer tensão anterior na narrativa. A canção ganhou o Oscar de Melhor Canção Original, e Bacharach também venceu na categoria de Trilha Sonora Original, regravada por diversos artistas, entre os mais celebres estão Johnny Mathis, Andy Williams e a intérprete favorita de Bacharach: Dionne Warwick. A versão original de Thomas foi número um na Billboard Hot 100, na Billboard Easy Listening, na Australian Singles Chart dentre muitas outras.

05. “Theme from Shaft”, de Isaac Hayes.


composição: Isaac Hayes.

filme: Shaft (Idem, 1971), de Gordon Parks.

Isaac Hayes se tornou o primeiro compositor negro a ganhar um Oscar de Melhor Canção Original, por essa música tema do clássico da blaxploitation Shaft. Considerada por alguns uma das primeiras músicas disco, “Theme from Shaft” é um hit funkeado com o clássico vocal falado de Hayes, uma canção que influenciou todo um gênero e inaugurou a tradição de trilhas sonoras de black music, algo que marcou uma geração de filmes e que mais tarde seria reaproveitado por cineastas como Quentin Tarantino. A canção foi número um na Billboard Hot 100, número quatro na UK Singles Chart, e número seis na Billboard Easy Listening.


06. “Across 110th Street”, de Bobby Womack.


composição: Bobby Womack e J.J. Johnson.

filme: A Máfia Nunca Perdoa (Across 110th Street, 1972), de Barry Shear.

Apesar de ter alcançado apenas a décima nona colocação na Billboard R&B, “Across 110th Street” é uma das marcantes e mais lembradas canções associadas ao cinema blaxploitation. O gênio do soul Bobby Womack criou essa canção para o filme A Máfia Nunca Perdoa, de Barry Shear, uma obra-prima obscura que mistura temas do cinema afro-americano com os clássicos filmes de máfia. Tanto a canção quanto o filme lidam primordialmente com a temática das tensões raciais que atingiram seu ápice no final dos anos 1960 e início dos anos 1970, e a canção mistura sua letra de protesto com uma batida de funk dançante e envolvente. Anos depois, a faixa de Womack seria reutilizada em dois ótimos filmes com temáticas raciais: Jackie Brown, de Quentin Tarantino, e American Gangster, de Ridley Scott.

07. “The Harder They Come”, de Jimmy Cliff.


composição: Jimmy Cliff.

filme: Balada Sangrenta (The Harder They Come, 1972), de Perry Henzell.

Jimmy Cliff foi quem verdadeiramente apresentou o reggae para o público mundial, antes mesmo de Bob Marley se tornar um fenômeno de popularidade, e foi no fantástico Balada Sangrenta – primeiro e talvez único filme jamaicano de sucesso mundial – que ele lançou seu hit mais icônico, a poderosa “The Harder They Come”. A trilha fantástica desse filme musical de crime é hipnótica e dialoga muito sobre a realidade jamaicana, suas dificuldades, cultura e realidade política. A canção tema é uma amálgama de tudo isso e foi regravada diversas vezes, além de ser escolhida uma das 500 melhores músicas da história pela revista Rolling Stone.


08. “Superfly”, de Curtis Mayfield.


composição: Curtis Mayfield.

filme: Super Fly (Idem, 1972), de Gordon Parks, jr.

Talvez a segunda mais famosa trilha sonora de blaxpoitation, “Superfly” perde em popularidade apenas para “Theme from Shaft”. Curstis Mayfield compõe e interpreta essa que é uma das mais características canções do funk e do R&B americano, uma batida conhecida por qualquer pessoa com o mínimo de conhecimento de cultura pop. Regravada por diversos artistas e sampleada por tantos outros, como os Beastie Boys, The Notorious B.I.G. e Nelly, a canção de Mayfield atingiu o oitavo lugar na Billboard Hot 100 e o quinto lugar na Billboard R&B, além de ser indicada ao Grammy de Melhor Canção Original para Filme ou TV.

09. “Live and Let Die”, de Paul McCartney & Wings.


composição: Paul McCartney e Linda McCartney.

filme: Com 007 Viva e Deixe Morrer (Live and Let Die, 1973), de Guy Hamilton.

É muito difícil encontrar um filme da franquia 007 que não tenha uma canção-tema marcante. Talvez a mais famosa delas tenha sido “Live and Let Die”, tema do oitavo filme da franquia, o primeiro protagonizado por Roger Moore. Composta pelos McCartney’s, em apenas dois dias, e produzida por George Martin, a canção foi indicada ao Oscar, a primeira da franquia a atingir esse marco, e ao Grammy de 1974, mas não levou os prêmios. No entanto, seu sucesso é inestimável, chegando ao segundo lugar da Billboard Hot 100 e ao nono da UK Singles Chart.

10. “The Way We Were”, de Barbra Streisand.


composição: Alan Bergman, Marilyn Bergman e Marvin Hamlisch.

filme: Nosso Amor de Ontem (The Way We Were, 1973), de Sydney Pollack.

Barbra Streisand deu voz e interpretação para diversos grandes musicais de Hollywood, porém não foi em um deles que surgiu sua mais memorável canção original. “The Way We Were”, do filme Nosso Amor de Ontem, é uma balada romântica e melancólica completamente apaixonante e inesquecível, que ganhou o Oscar de Melhor Canção Original e tornou-se mais poderosa do que o filme em que foi lançada. A faixa foi número um nas paradas de diversos países, como na Billboard Hot 100, na Billboard Adult Contemporary e no Canada Top Singles, e foi certificado com um Disco de Platina. Além do Oscar, a canção de Streisand ganhou também o Globo de Ouro de Melhor Canção Original e o Grammy de Canção do Ano.

11. “Stayin’ Alive”, de Bee Gees.


composição: Barry Gibb, Robin Gibb e Maurice Gibb.

filme: Os Embalos de Sábado à Noite (Saturday Night Fever, 1977), de John Badham.

Uma das canções mais emblemáticas da era do disco, “Stayin’ Alive” toca logo na abertura do filme de John Travolta que marcou uma geração. Foi uma das cinco canções que os Bee Gees escreveram para o filme e foi um sucesso absurdo. Atingiu o topo da Billboard Hot 100 em 1978 por quatro semanas, além de estar presente em várias listas como uma das melhores canções de todos os tempos. Ganhou o Grammy de Melhor Arranjo Vocal para Duas ou Mais Vozes, categoria já extinta.

12. “Last Dance”, de Donna Summer.


composição: Paul Jabara.

filme: Até que Enfim é Sexta-Feira (Thank God It’s Friday, 1978), de Robert Klane.

A canção tema de Até que Enfim é Sexta-Feira – uma jóia esquecida que celebra a disco music – teve muito mais força na cultura pop que o próprio filme que a originou. O hit mais emblemático de Donna Summer, produzido por seu grande colaborador Giorgio Moroder, é a faixa suprema de qualquer festa de temática anos 1970, é a verdadeira última dança. A canção ganhou o Oscar e o Globo de Ouro nas categorias de Melhor Canção Original e o Grammy na categoria Melhor Performance Feminina de R&B, e alcançou altas colocações nas paradas de todo o mundo, entre elas o terceiro lugar na Billboard Hot 100, quinto lugar na Billboard R&B e primeiro lugar na Billboard Dance Club Songs. Um sucesso imortal.

13. “Up Where We Belong”, de Joe Cocker & Jennifer Warnes.


composição: Jack Nitzsche, Buffy Sainte-Marie e Will Jennings.

filme: A Força do Destino (An Officer and a Gentleman, 1982), de Taylor Hackford.

All I know is the way I feel. When it's real, I keep it alive”. Toda relação tem altos e baixos, mas a maneira como encaramos os percalços, é capaz de torná-la ainda mais forte. É assim que essa maravilhosa canção se apresenta. Aliás, muitos percalços estiveram no caminho da gravação dessa canção. O filme não tinha orçamento o suficiente bancar a composição e produção da canção e Jennifer Warnes quase não participou da gravação. Quando a mesma sugeriu a parceria com Joe Cocker, que apresentou muita hesitação em aceitar, o produto não saiu como esperado e os produtores quase desistiram de lançá-la. A canção chegou ao topo da Billboard Hot 100 em 1982, vendeu mais de um milhão de cópias nos EUA e ganhou vários prêmios importantes como o Oscar, o Globo de Ouro e o BAFTA por Melhor Canção Original e o Grammy de Melhor Performance Vocal Pop de Dupla ou Grupo. Está presente da lista da RIAA (Recording Industry Association of America) como uma das canções do século.


14. “Flashdance… What a Felling”, de Irene Cara.


composição: Giorgio Moroder, Keith Forsey e Irene Cara.

filme: Flashdance – Em Ritmo de Embalo (Flashdance, 1983), de Adrian Lyne.

É possível que você não tenha visto esse filme, mas é improvável que já não tenha escutado essa canção. Segundo Irene Cara, a canção é uma metáfora sobre uma dançarina e como ela está em controle sobre seu corpo enquanto ela dança, assim como ela pode estar em controle de sua vida. Atingiu o topo da Billboard Hot 100 por seis semanas, ganhou o Certificado de Platina e faturou o Oscar e o Globo de Ouro de Melhor Canção Original, além do Grammy de Melhor Performance Vocal Pop Feminina para Cara.

15. “Against All Odds (Take a Look at Me Now)”, de Phil Collins.


composição: Phil Collins.

filme: Paixões Violentas (Against All Odds, 1984), de Taylor Hackford.

Ouvir essa canção é uma experiência extraordinária. Uma balada poderosa sobre um pedido desesperador de reconciliação e de como ela pode valer a pena. Phil Collins se inspirou no próprio divórcio ao escrever a canção. Segundo Collins, a gravação foi feita em dois dias e a mixagem por telefone. Ele só aceitou escrever para o filme depois de assistir um dos primeiros cortes da produção num videocassete em seu hotel. A canção atingiu o topo da Billboard Hot 100, o primeiro de Phil Collins em sua carreira solo, e o segundo lugar no UK Singles Chart. Ganhou o Grammy de Melhor Performance Vocal Pop Masculina e foi indicada a Canção do Ano. Também foi indicada ao Oscar e ao Globo de Ouro de Melhor Canção Original.

16. “Footloose”, de Kenny Loggins.


composição: Kenny Loggins e Dean Pitchford.

filme: Footloose – Ritmo Louco (Footloose, 1984), de Herbert Ross.

Praticamente impossível não sair dançando ao som dessa canção, ou pelo menos não bater o pé no mesmo ritmo. Mesmo caso de Flashdance, você pode até não ter assistido ao filme, mas com certeza já ouviu à canção-tema. Foi o primeiro de três temas do filme a atingir o primeiro lugar na Billborad Hot 100 e permaneceu lá por três semanas. Também foi o primeiro e único hit de Kenny Loggins que, até hoje, diz que é uma de suas músicas preferidas de interpretar ao vivo. A canção foi indicada ao Oscar e ao Globo de Ouro de Melhor Canção Original, mas não levou os prêmios.

17. “I Just Called to Say I Love You”, de Stevie Wonder.


composição: Stevie Wonder.

filme: A Dama de Vermelho (The Woman in Red, 1984), de Gene Wilder.

Eis a canção que derrotou as duas canções anteriores nessa lista no Oscar de Melhor Canção Original de 1985. Inclusive, foi um Oscar excepcional, pois todos os indicados atingiram o topo das paradas, feito único na história da categoria. A canção é, até hoje, o maior sucesso de Stevie Wonder, tendo ficado com primeiro lugar em 19 paradas musicais. Também venceu o Globo de Ouro de Melhor Canção Original e foi indicada a três Grammys (Melhor Performance Vocal Pop Masculina, Canção do Ano e Melhor Performance Pop Instrumental).

18. “Purple Rain”, de Prince & The Revolution.


composição: Prince.

filme: Purple Rain (Idem, 1984), de Albert Magnoli.

A canção tema do musical mais roqueiro de todos os tempos é um mix de gêneros – rock, R&B, gospel, etc – que converge em uma das mais inesquecíveis baladas tristes da história da música pop. Prince, um gênio inigualável, estrela o filme e compõe e interpreta a trilha sonora nesse filme que é um registro performático do artista, recheado de referências semi-biográficas e apresentações do cantor com sua célebre banda The Revolution. A trilha de Purple Rain ganhou o extinto Oscar de Melhor Trilha Sonora de Canção, a canção foi escolhida pela revista Rolling Stone como uma das 500 melhores músicas da história; alcançou o segundo lugar na Billboard Hot 100, quarto lugar na Billboard R&B, oitavo lugar na UK Single Charts e pontuou nas paradas de diversos países, foi certificado com um Disco de Ouro e voltou ao topo das paradas com a morte de Prince. Essa é uma das maiores composições da história, os vocais e a guitarra de Prince ficam gravadas em nossas mentes para sempre.

19. “Don’t You (Forget About Me)”, de Simple Minds.


composição: Keith Forsey e Steve Schiff.

filme: Clube dos Cinco (The Breakfast Club, 1985), de John Hughes.

A canção inesquecível do maior filme já feito sobre a adolescência, essa é única definição possível para esse enorme hit que encerra o clássico Clube dos Cinco, de John Hughes. A música composta pelo produtor Keith Forsey foi inicialmente rejeitada pelo grupo Simple Minds, que não queria gravar composições não autorais, mas suas preocupações foram jogadas no chão com o sucesso estrondoso da gravação. Apesar de não agraciada nas premiações, a música atingiu o topo das paradas, primeiro lugar na Billboard Hot 100 e na Billboard Mainstream Rock, dentre outras. Sua sonoridade épica e contagiante continua capturando fãs para a canção e para a obra-prima de John Hughes.

20. “Say You, Say Me”, de Lionel Richie.


composição: Lionel Richie.

filme: O Sol da Meia-Noite (White Nights, 1985), de Taylor Hackford.

É uma daquelas canções que transcendem tempo, espaço e o próprio filme para o qual elas foram feita. “Say You, Say Me” foi para o topo das paradas norte-americanas, feito o qual Lional Richie já estava acostumado, e faturou o Oscar e o Globo de Ouro de Melhor Canção Original. Na época, a canção não esteve presente no álbum da trilha sonora do filme estrelado pelo bailarino Mikhail Baryshnikov, pois a gravadora de Richie não queria que o single fosse lançado por outra empresa. Depois do relançamento do álbum, a canção foi incluída.

21. “We Don’t Need Another Hero (Thunderdome)”, de Tina Turner.


composição: Terry Britten e Graham Lyle.

filme: Mad Max – Além da Cúpula do Trovão (Mad Max Beyond Thunderdome, 1985), de George Miller e George Ogilvie.

Você não sabe o que é melhor: o filme, a música ou o videoclipe. A canção atingiu o segundo lugar na Billboard Hot 100 e foi indicada ao Globo de Ouro de Melhor Canção Original e ao Grammy de Melhor Performance Vocal Pop Feminina. O coral de crianças foi gravado no Abbey Studios, onde Tina Turner não estava presente, e contou com a presença do garoto de 12 anos Lawrence Dallaglio, que viria ser o capitão do time de rugby do Reino Unido e campeão da Copa do Mundo de Rugby. Tina Turner, além de cantar a música tema, também interpreta a vilã no filme de George Miller, em uma das mais inesquecíveis participações de estrelas pop em filmes hollywoodianos.

22. “Take My Breath Away”, de Berlin.


composição: Giorgio Moroder e Tom Whitlock.

filme: Top Gun – Ases Indomáveis (Top Gun, 1986), de Tony Scott.

Uma das canções mais aclamadas da segunda metade dos anos 80 e vividamente lembrada até os dias de hoje. Giorgio Moroder, celebrado músico e compositor italiano com vários sucessos em sua carreira, diz que esse hit é o que mais tem orgulho. A banda Berlin não foi a primeira escolha para interpretar a canção, sendo oferecida inicialmente ao The Motels. Berlin hesitou ao aceitar, pois um dos membros da banda não queria interpretar uma música que não fosse de autoria própria, mas acabaram aceitando após a insistência da gravadora e foram ao topo das paradas depois de um mês de lançamento. “Take My Breath Way” conquistou o primeiro lugar da Billboard Hot 100 no EUA e em mais cinco países. Ganhou o Oscar e o Globo de Ouro de Melhor Canção Original em 1987.


23. “Who Wants to Live Forever”, de Queen.


composição: Brian May.

filme: Highlander – O Guerreiro Imortal (Highlander, 1986), de Russell Mulcahy.

Todos nós sabemos que tudo o que banda Queen toca, se torna ouro e não foi diferente com as canções compostas por eles para o filme Highlander. Em particular, a canção “Who Wants To Live Forever” que foi composta por Brian May em um táxi, depois de assistir a um dos primeiros cortes do filme, inspirada na cena a qual Connor Macleod carrega sua esposa Heather que está prestes a morrer. Inclusive, no corte final, essa canção toca durante a cena citada. No álbum, May canta os primeiros versos e, logo, Freddie Mercury assume o vocal, mas no filme Mercury canta toda a canção, que atingiu apenas o vigésimo quarto lugar nas paradas britânicas.

24. “Calling You”, de Jevetta Steele.


composição: Bob Telson.

filme: Bagdad Café (Out of Rosenheim/ Bagdad Café, 1987), de Percy Adlon.

Essa bela canção, interpretada por Jevetta Steele, é como um mantra hipnótico que nos carrega até o universo apaixonante desse clássico cult que é Bagdad Café. O filme de Percy Adlon sobre a inesperada amizade entre uma turista alemã perdida no deserto americano e uma mal-humorada dona de hotel de beira de estrada; assim como a delicada poesia que é a narrativa desse filme, a canção original é incomum e reveladora, com um vocal impecável de Steele. Apesar de não ter se tornado um grande hit nas paradas de sucesso, a canção foi indicada ao Oscar de Melhor Canção Original e tornou-se favorita entre os cinéfilos, mais tarde seria regravada por Jeff Buckley (lançada postumamente) e por Céline Dion em um disco ao vivo.

25. “(I’ve Had) The Time of My Life”, de Bill Medley & Jennifer Warnes.


composição: Franke Previte, John DeNicola e Donald Markowitz.

filme: Dirty Dancing – Ritmo Quente (Dirty Dancing, 1987), de Emile Ardolino.

Mais uma canção para o hall de clássicos dos anos 1980. A produção da canção teve que lidar com várias rejeições. Franke Previte não queria compor, pois estava sem gravadora e em busca de um contrato. Inicialmente, a canção foi oferecida para Donna Summer e Joe Esposito, mas foi rejeitada, pois Summer não gostou do título do filme. Bill Medley também recusou inicialmente, devido ao nascimento de sua filha, mas acabou aceitando após Jennifer Warnes dizer que só gravaria se fosse com ele. Tema do filme Dirty Dancing, ficou no topo da Billboard Hot 100 por uma semana e ganhou o Oscar e o Globo de Ouro de Melhor Canção Original em 1988. Também levou o Grammy por Melhor Performance Vocal Pop de Dupla ou Grupo. O álbum do filme ficou no topo das paradas por 18 semanas e vendeu 48 milhões de cópias pelo mundo.

26. “Streets of Philadelphia”, de Bruce Springsteen.


composição: Bruce Springsteen.

filme: Filadélfia (Philadelphia, 1993), de Jonathan Demme.

Composta pelo The Boss, a canção foi amplamente premiada. Ganhou o Oscar e o Globo de Ouro de Melhor Canção Original em 1994 e quatro Grammys (Canção do Ano, Melhor Canção de Rock, Melhor Performance Vocal Masculina de Rock e Melhor Canção Composta para Mídia Visual), além do MTV Video Music Awards de Melhor Clipe para Filme, comprovando seu alcance popular. Atingiu a nona posição na Billboard Hot 100 e o segundo lugar nas paradas britânicas. Jonathan Demme pediu a Bruce Springsteen para compor uma canção para abrir o filme, já que a canção que Neil Young escreveu, “Philadelphia”, ficou para o final. Springsteen entregou para ele o que ele considerava uma demo, mas Demme gostou da canção do jeito que estava.

27. “Save Me”, de Aimee Mann.


composição: Aimee Mann.

filme: Magnólia (Magnolia, 1999), de Paul Thomas Anderson.

A narrativa plural de Magnólia, de Paul Thomas Anderson, foi construída através das canções que Aimee Mann compunha para a produção. “Save Me” traduz com perfeição a atmosfera melancólica do filme com beleza, elegância e uma sonoridade suave e delicada, é uma canção memorável em um dos melhores filmes americanos produzidos nos anos 1990. A canção foi indicada ao Oscar de Melhor Canção Original, mas perdeu para a famosa “You’ll Be in My Heart”, de Phil Collins, da animação Tarzan, da Disney; também foi indicada ao Grammy de Melhor Performance Pop Feminina Vocal e foi diversas vezes reutilizada em séries de TV e filmes.


28. “Lose Yourself”, de Eminem.


composição: Eminem, Luis Resto e Jeff Bass.

filme: 8 Mile – Rua das Ilusões (8 Mile, 2002), de Curtis Hanson.

“Lose Yourself” entrou para a história como a primeira canção de hip-hop a ganhar o Oscar de Melhor Canção Original. Foi aclamada mundialmente, tanto pela crítica como pelo público, tornando-se um ápice na carreira de Eminem, com sua letra emocionalmente agressiva. Atingiu o primeiro lugar da Billboard Hot 100 por 12 semanas, além de ficar no topo das paradas de vários países, e já vendeu 10 milhões de cópias, garantindo o Certificado Diamante. Além do Oscar, a canção ganhou o Grammy de Melhor Canção de Rap, Melhor Performance Solo de Rap Masculina e o MTV Video Music Awards de Melhor Clipe para Filme.

29. “Moon Song”, de Karen O.


composição: Karen O e Spike Jonze.

filme: Ela (Her, 2013), de Spike Jonze.

Uma canção delicadíssima composta para um filme igualmente delicado e de uma beleza única. Segundo Karen O, vocalista do Yeah Yeah Yeahs, ela compôs essa canção na sua mesa de jantar a poucos passos do sofá onde leu o roteiro do filme pela primeira vez, e é a comprovação de sua amizade de mais de 10 anos com Spike Jonze. A canção foi indicada ao Oscar de Melhor Canção Original em 2014 e ao Grammy de Melhor Canção Composta para Mídia Visual; apesar de não ser um grande hit, é uma das mais belas canções originais já indicadas para o prêmio da Academia, combinando melancolia e romance de forma ímpar, assim como o filme de Jonze.

30. “Mystery of Love”, de Sufjan Stevens.


composição: Sufjan Stevens.

filme: Me Chame pelo Seu Nome (Call Me by Your Name, 2017), de Luca Guadagnino.

A mais recente canção presente nessa lista é o melancólico tema romântico do belíssimo Me Chame pelo Seu Nome, que através da delicadeza e ingenuidade do primeiro amor, constrói a história de uma paixão inesquecível. O célebre cantor e compositor indie Sufjan Stevens nos conta – em sua inspirada letra – os detalhes bonitos de um primeiro encontro amoroso, e traz à tona referências mitológicas homossexuais, como o amor entre o general Heféstio e o grande conquistador Alexandre, o Grande, seu amante e melhor amigo. A canção foi indicada, entre outros prêmios, ao Oscar de Melhor Canção Original, e alcançou o décimo terceiro lugar na Billboard Hot Rock Songs.



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